Ramo oliveira

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O Azeite – Dádiva dos Deuses

O ouro líquido que moldou culturas e atravessou milénios

Mais do que um Ingrediente

Em toda a bacia mediterrânica, o azeite é muito mais do que tempero.
É memória, tradição e cura.
Usado na culinária, na medicina, nos cuidados de beleza e até em rituais sagrados, o azeite moldou a vida dos povos que habitam desde Portugal até à Grécia.

As oliveiras milenares, espalhadas pelas encostas e vales, são testemunhas silenciosas desta história. Cada tronco retorcido é um arquivo vivo de séculos de sol, vento e mãos humanas que o cultivaram.

Raízes Perdidas no Tempo

A cultura da oliveira tem milhares de anos — tanto que é impossível determinar exatamente a sua origem.
Vestígios arqueológicos encontrados no Paleolítico, datados de cerca de 35.000 a.C., revelam a existência desta árvore antes mesmo da escrita, antes das cidades, antes da história como a conhecemos.

A Lenda da Toscana

Conta-se, numa lenda da Toscana, que houve um dia um conselho de árvores para coroar a sua rainha. As mais belas — acácias, ciprestes e o imponente pinheiro — disputaram o título, mas a final foi entre o carvalho e a oliveira.
A oliveira venceu.
E o carvalho, como castigo, passou a produzir frutos que não serviriam aos humanos, apenas aos porcos.

O Símbolo da Paz

Na Bíblia, a oliveira carrega um significado profundo.
Quando o pombo regressa à arca de Noé com um ramo de oliveira no bico, é o anúncio do fim do dilúvio e o sinal de uma nova era de paz.
O símbolo atravessou séculos e culturas, permanecendo até hoje como imagem de reconciliação e esperança.

No Antigo e no Novo Testamento, a oliveira é mencionada cerca de 200 vezes — mais do que qualquer outra árvore na tradição cristã.

A Longevidade das Oliveiras

Entre todas as árvores cultivadas, a oliveira é das mais resistentes e longevas. Algumas chegam a viver 1.500 a 2.000 anos, permanecendo firmes mesmo quando tudo à sua volta muda.

Ouro Líquido na Antiguidade

Na Grécia Antiga, o azeite era um luxo e uma necessidade.
Servia para untar o corpo, como tónico corporal e como creme cicatrizante quando misturado com canela e cravinho.
Era combustível para candeeiros que iluminavam casas e templos.

Em Roma, as famosas lâmpadas de Lucerna brilhavam com azeite nos santuários, como oferendas aos deuses.

O Método que o Tempo não Mudou

A recolha da azeitona — pela sacudidura e varejamento dos ramos — e a sua transformação em azeite, pela prensagem, resistiram praticamente inalteradas ao longo dos séculos.

Na Grécia Antiga, após a primeira prensagem, misturava-se o óleo com água para extrair até a última gota deste precioso líquido.

Epílogo – Entre a Terra e o Sagrado

O azeite é mais do que alimento.
É história engarrafada, é a luz que brilhou em templos, é o bálsamo que curou feridas, é o sabor que atravessou gerações.
Do tronco retorcido da oliveira até à última gota dourada, há uma promessa que nunca se quebrou: a de unir terra, corpo e espírito num só gesto.

by LeChef, 2020, myfoodstreet.ch

Ramo oliveira

by LeChef/MyFoodStreet2021

 

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