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Histórias de falsificadores e intrujões…

Se as histórias e contos do vigário que atualmente surgem na imprensa revelam uma indústria alimentar cheia de artimanhas—embora hoje mais bem disfarçadas e escondidas por trás de códigos consensuais—isso não é novidade.

Até o final do século XIX, o engano dos consumidores era algo comum. Alimentos eram alterados com substâncias surpreendentes, numa criatividade mafiosa sem igual.

Sem controle público, os consumidores eram enganados e, muitas vezes, envenenados. Produtos de confeitaria eram coloridos com amarelo cromado ou verde gris, enquanto legumes velhos eram "refrescados" com sulfato de cobre.

Produtos particularmente caros ou escassos eram diluídos com ingredientes mais baratos. O café, por exemplo, era misturado com sêmola, aparas de beterraba, castanhas, batatas e até farinha de tijolo.

No caso do cacau e do chá, a adulteração era deliberada e aparentemente comum. Eram diluídos com leite desnatado e água, e adicionados de farinha ou amido. A justificativa era tornar esses produtos, normalmente considerados de luxo devido ao preço elevado, mais acessíveis à população.

Esse engano generalizado forçou a população a consumir produtos de qualidade no mínimo desastrosa para a saúde, levando a uma perda de confiança na indústria alimentar.

A adulteração deliberada dos produtos originais também impulsionou o surgimento de substitutos no mercado. Em muitos casos, os consumidores não eram informados de que estavam comprando um produto novo, parecido, mas de composição muito diferente.

Foi assim que surgiram alternativas como café de cereais ou chicória em vez de café verdadeiro, adoçante sacarino em vez de açúcar, e margarina em vez de manteiga.

Já em 1878, a Enciclopédia das Falsificações, um verdadeiro almanaque de horrores culinários, alertava a população com histórias verídicas e inacreditáveis.

Mais de 100 anos depois, os substitutos alimentares se estabeleceram e, assim como em outras áreas, fazem parte do dia a dia—hoje, muitas vezes, como segunda opção de compra.

Discutir sobre qualidade faz parte da liberdade de cada um e depende do que se espera de um produto na sociedade moderna.


by LeChef/MyFoodStreet2021


 
 
 
 
 

 

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