As Palavras… São gritos da alma. Formam mensagens que marcam os nossos dias. Quando bem usadas, dão corpo à convicção, alimentam movimentos, tornam-se slogans de vida. Palavras certas no momento certo são capazes de mudar o curso da história — ou, pelo menos, de uma vida. Politicamente corretas ou intencionalmente provocadoras, as palavras estão por aí… em paredes, em cartazes, em redes sociais, em silêncios forçados. Umas inspiram, outras manipulam. Mas todas carregam consigo o peso da intenção de quem as diz. As palavras acompanham-nos nos dias de lamento, nas horas de contrariedade, nos momentos em que parece que tudo corre contra nós. Transformam-se em desabafos. Em justificações forçadas. Em muros de explicações que só servem para justificar o injustificável. São a força dos gritos mudos. Aquelas frases que explodem sem nexo, escritas à pressa em mensagens soltas, em textos que nascem entre o cansaço e a madrugada. Palavras sem ordem, mas carregadas de sentido emocional. Perdidas entre a noite e o dia. Com o tempo, aprendemos a usá-las para dar voz à alma. É um processo natural, como o crescimento. Uma aprendizagem feita a partir da dor, do amor, da perda e do reencontro. Às vezes, as palavras são cor-de-rosa. Doces, apaixonadas, espontâneas. Frases de amor, algumas sinceras, outras obrigatórias. Palavras ditas com o coração ou apenas com o hábito. Noutras alturas, encobrem mentiras. Mentiras necessárias, convenientes… ou simplesmente covardes. As palavras também mentem. E quando mentem, criam um espaço oco entre quem as diz e quem as ouve. Um vazio que cresce. Que pesa. Que separa. E um dia, com o peso acumulado da vida, de tantas noites mal dormidas e de tantos silêncios guardados, as palavras voltam a surgir. Mas agora… como lamentos. Transformam a vida num muro de lamentações. Asneiras passadas escritas com letras grandes. Palavras que revelam hipocrisias antigas. Erros que se tentam apagar, mas já estão escritos na parede da memória. Ainda assim, continuamos a brincar com as palavras. Porque faz parte. Porque mesmo sabendo o seu peso, há leveza na forma como as usamos no dia a dia. Frases feitas, expressões gastas, clichés que repetimos sem pensar… mas que, para fazer sentido, precisam de alma. Precisam de uma história por trás. De uma razão. De um coração. Hoje, escrever tem outra força. É quase um acto de resistência. De cura. De libertação. Brincamos e brindamos com as palavras porque há muito por dizer. Porque há cartas abertas sem resposta. Mensagens enviadas que ficaram no vazio. Conversas interrompidas. Sentimentos nunca esclarecidos. E agora… não há palavras. Faltam-nos. Porque o que sentimos já não cabe nas frases que conhecemos. Porque a dor, o vazio, a espera, a frustração… são maiores do que o vocabulário nos permite dizer. Mas mesmo assim, escrevemos. Nem que seja para tentar encontrar um eco. Nem que seja para juntar pedaços do que fomos. Nem que seja para que alguém nos leia e pense: “Eu também.” Porque as palavras, mesmo quando falham, tentam. E só por isso já merecem ser ditas.
As palavras continuam a ser tudo o que temos quando já não temos mais nada. São âncora, escudo, espelho e ponte. E mesmo quando doem, valem sempre a pena.
by pedro de melo
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