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Guia de Exportação a partir de Portugal (2025)

Exportar é uma excelente forma de expandir um negócio português, diversificar mercados e aumentar a competitividade. Com uma posição geográfica privilegiada, acesso à União Europeia e forte tradição marítima e logística, Portugal oferece condições favoráveis para exportar bens e serviços para todo o mundo. Este guia apresenta os passos essenciais, obrigações legais e boas práticas para quem deseja iniciar ou melhorar a sua atividade exportadora.

1. Avaliação de Capacidade para Exportar

Antes de exportar, é essencial fazer uma análise interna da empresa:
  • Produto ou serviço: É competitivo no mercado externo? Tem certificações exigidas? Está adaptado ao gosto e regulamentação local?
  • Capacidade produtiva: Consegue satisfazer a procura internacional?
  • Logística e distribuição: Tem parceiros ou meios para transportar os produtos?
  • Recursos financeiros e humanos: Há orçamento e equipa preparada para a internacionalização?
Uma exportação bem-sucedida começa com um planeamento rigoroso e realista.

2. Escolha dos Mercados Alvo

Escolher o destino certo pode ditar o sucesso da exportação. Para isso, deve considerar:
  • Procura pelo seu produto/serviço
  • Concorrência local e internacional
  • Requisitos legais e barreiras comerciais
  • Custos logísticos e tempo de entrega
  • Acordos comerciais da UE com o país de destino
Plataformas como o Access2Markets (da Comissão Europeia) ou o Portal das Exportações e Investimentos da AICEP são úteis para obter estas informações.

3. Registo e Obrigações Legais

a) NIF e CAE

A empresa deve ter um NIF (Número de Identificação Fiscal) e estar registada com um CAE (Código de Atividade Económica) que permita atividade exportadora.

b) Registo na Alfândega

É necessário obter um número EORI (Economic Operator Registration and Identification) junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, para realizar operações de comércio internacional.

c) Faturas e documentação

A fatura de exportação deve incluir:
  • Nome e NIF da empresa exportadora
  • Dados do importador
  • Descrição detalhada do produto
  • Incoterm (condições de entrega)
  • Valor e moeda
  • Código pautal (nomenclatura aduaneira)

4. Tipos de Exportação

a) Intra-UE (União Europeia)

Exportações para países da UE não têm controlo alfandegário nem taxas de importação. Contudo, é obrigatória a declaração Intrastat se o volume for superior a um determinado limite anual (dependendo do país).

b) Extra-UE (fora da União Europeia)

São exportações sujeitas a formalidades alfandegárias, podendo implicar:
  • Licenças de exportação (em casos de bens estratégicos, tecnologia ou produtos alimentares)
  • Certificados sanitários, fitossanitários ou de origem
  • Pagamento de taxas ou direitos à entrada no país de destino

5. Incoterms: Quem Paga o Quê?

Os Incoterms (International Commercial Terms) são cláusulas padrão que definem as responsabilidades do vendedor e do comprador em termos de transporte, seguro, riscos e alfândegas.

Exemplos comuns:
  • EXW (Ex Works) – O comprador assume tudo a partir da fábrica.
  • FOB (Free On Board) – O vendedor entrega o produto a bordo do navio.
  • CIF (Cost, Insurance and Freight) – O vendedor paga transporte e seguro até ao destino.
Escolher o Incoterm correto evita mal-entendidos e conflitos comerciais.

6. Meios de Transporte e Logística

A escolha do transporte depende do tipo de mercadoria, do prazo e do destino:
  • Transporte rodoviário: Ideal para a Europa.
  • Transporte marítimo: Mais económico para grandes volumes e exportações intercontinentais.
  • Transporte aéreo: Rápido, mas mais caro – usado para bens de alto valor ou perecíveis.
É importante ter um parceiro logístico ou transitário com experiência em exportações.

7. Meios de Pagamento Internacionais

Para garantir o pagamento em exportações, existem várias modalidades:
  • Transferência bancária adiantada – Risco mínimo para o exportador.
  • Carta de crédito (L/C) – Garantia de pagamento emitida por banco do comprador.
  • Cobrança documentária – Envio de documentos contra pagamento.
  • Conta aberta – Só recomendada com clientes de confiança.
Deve avaliar o risco comercial e político do país antes de definir o meio de pagamento.

8. Apoios e Incentivos à Exportação

Portugal e a União Europeia disponibilizam vários apoios à internacionalização:
  • AICEP Portugal Global: A principal agência pública de apoio à exportação.
  • Portugal 2030 e PRR: Apoios financeiros a projetos de internacionalização.
  • Feiras e missões empresariais: Participação subsidiada em eventos internacionais.
  • Formação e consultoria especializada: Programas como o Export Advance ou PME Exportadora.

9. Comunicação e Promoção Internacional

Ter presença digital é crucial. Invista em:
  • Site multilingue
  • Catálogo digital
  • SEO internacional
  • Plataformas B2B (Alibaba, Europages, etc.)
  • Presença em redes sociais e marketplaces
  • Certificações de qualidade ou origem (ex: ISO, CE, Bio, DOP)
É essencial adaptar a mensagem ao mercado-alvo – traduzir não chega; é preciso localizar.

10. Desafios Comuns a Evitar
  • Falta de preparação legal ou logística
  • Não conhecer as normas do país de destino
  • Subestimar custos reais
  • Depender apenas de um mercado
  • Ausência de estratégia de pagamento e câmbio
A exportação deve ser encarada como uma decisão estratégica e contínua, e não apenas uma oportunidade pontual.

Conclusão

Exportar a partir de Portugal é um caminho promissor para empresas de todos os tamanhos. Com uma preparação adequada, conhecimento dos mercados e uma rede de apoio nacional e europeia bem estruturada, é possível competir no exterior com sucesso.

A chave está em planeamento, adaptação e persistência. Portugal é pequeno em dimensão, mas grande em capacidade de chegar ao mundo.

Carnet ATA: Facilitador do Comércio Internacional Temporário

Num mundo cada vez mais globalizado, a facilitação de trocas comerciais torna-se essencial para o crescimento económico sustentável. Um dos instrumentos mais relevantes nesse contexto é o Carnet ATA — um documento aduaneiro internacional que permite a importação e exportação temporária de mercadorias sem pagamento de direitos aduaneiros ou impostos. Mas o que é exatamente o Carnet ATA? Qual é a legislação aplicável? E porque é que ele é tão importante para as relações comerciais entre países?

O que é o Carnet ATA?

O Carnet ATA (sigla para "Admission Temporaire/Temporary Admission") é um documento alfandegário internacional que funciona como um "passaporte" para mercadorias. Permite que bens sejam enviados temporariamente para outros países sem o pagamento de impostos, taxas ou direitos aduaneiros, com a condição de que as mercadorias sejam reexportadas dentro de um determinado prazo.

O Carnet ATA é utilizado, principalmente, em três grandes categorias:
  • Feiras, exposições e eventos comerciais
  • Equipamento profissional (como material fotográfico, de filmagem, científico ou técnico)
  • Bens desportivos e culturais (como instrumentos musicais, obras de arte, trajes, entre outros)
Este sistema oferece benefícios significativos para empresas, profissionais e instituições que necessitam de transportar equipamentos ou produtos temporariamente, sem que tal implique complicações burocráticas ou encargos financeiros adicionais.

Base Legal e Enquadramento Internacional

A criação do Carnet ATA assenta em dois pilares legais principais:
  1. Convenção de Istambul (1990) — Convenção internacional sobre a admissão temporária de mercadorias, que substituiu e consolidou várias convenções anteriores. Estabelece o quadro jurídico comum para os países que adoptam o sistema ATA.
  2. Convenção ATA (1961) — Convenção aduaneira relativa ao Carnet ATA para admissão temporária de mercadorias.
Estes tratados foram negociados sob a égide da Organização Mundial das Alfândegas (OMA), e contam com a participação de mais de 80 países, incluindo todos os Estados-Membros da União Europeia, os Estados Unidos, Japão, China, Canadá e muitos outros.

A Federação das Câmaras de Comércio Internacionais (ICC WCF) é responsável pela supervisão do sistema ATA a nível global, em colaboração com as autoridades aduaneiras nacionais e as Câmaras de Comércio autorizadas a emitir os carnets.

O Carnet ATA em Portugal

Em Portugal, a entidade responsável pela emissão do Carnet ATA é a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP). Esta instituição garante que o processo decorra de forma segura, eficaz e em conformidade com a legislação em vigor.

O Carnet português pode ser utilizado tanto por empresas como por particulares, sendo válido por até 12 meses, com possibilidade de múltiplas entradas e saídas nos países aderentes.

Além disso, o titular de um Carnet ATA em Portugal beneficia do reconhecimento mútuo entre os países signatários, o que assegura um tratamento uniforme na entrada e saída das mercadorias.

Vantagens do Carnet ATA

O sistema Carnet ATA apresenta inúmeras vantagens, nomeadamente:
  • Redução de custos: evita o pagamento de direitos aduaneiros, IVA e outras taxas associadas à importação temporária.
  • Rapidez e simplicidade: facilita e acelera os procedimentos alfandegários.
  • Segurança jurídica: baseado em convenções internacionais amplamente ratificadas.
  • Mobilidade profissional: permite o transporte de equipamentos essenciais para actividades comerciais, culturais e técnicas.
  • Flexibilidade: válido em múltiplos países e para diversas utilizações dentro do prazo de validade.
Importância nas Relações Comerciais Internacionais

O Carnet ATA desempenha um papel fundamental no fortalecimento das relações comerciais entre países. Ao eliminar barreiras alfandegárias para bens temporários, contribui para:
  • Maior participação em feiras e eventos internacionais, promovendo o intercâmbio comercial e cultural.
  • Aumento da competitividade empresarial, ao facilitar o acesso a novos mercados.
  • Redução da burocracia aduaneira, promovendo a eficiência logística e o cumprimento das normas internacionais.
  • Promoção do comércio sustentável e responsável, ao incentivar práticas temporárias sem impactar os mercados locais.
Numa era em que a confiança, a previsibilidade e a interoperabilidade entre sistemas aduaneiros são essenciais, o Carnet ATA oferece uma infraestrutura segura e eficiente que reforça a cooperação económica internacional.

Limitações e Cuidados a Ter

Apesar das suas vantagens, o Carnet ATA não cobre todos os tipos de mercadorias nem todas as situações. Algumas limitações incluem:
  • Não é aplicável a bens consumíveis ou perecíveis
  • Não substitui licenças especiais ou autorizações obrigatórias para determinados tipos de mercadorias (armas, medicamentos, animais, etc.)
  • Exige garantia financeira (normalmente sob a forma de caução ou seguro) para assegurar a reexportação das mercadorias
É fundamental que os utilizadores estejam bem informados sobre as exigências legais de cada país de destino, bem como sobre os prazos de reexportação, sob pena de incorrerem em sanções ou perdas financeiras.

Conclusão

O Carnet ATA é uma ferramenta valiosa para o comércio internacional, permitindo a circulação temporária de bens com eficiência, segurança e economia. Baseado em convenções internacionais sólidas e amplamente aceites, o seu uso promove boas práticas aduaneiras, fortalece os laços comerciais entre nações e facilita a internacionalização de empresas e actividades culturais.

Num mundo onde a mobilidade e a flexibilidade são cruciais para o sucesso empresarial, o Carnet ATA revela-se um instrumento indispensável para quem actua além-fronteiras.

RESUMINDO: QUAIS AS VANTAGENS OFERECIDAS PELO CARNET ATA?
  • Poupe dinheiro com um único custo controlado.
  • Poupe tempo ao passar de país em país sem controlos adicionais.
  • Regresse com os seus bens sem problemas e atrasos.
  • Acesso facilitado a mais de 75 países.
  • Um único documento para tudo.
  • Certificado pelas alfândegas de todos os países aderentes.
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